O carnaval NÃO é do BR: 5 outros países que comemoram a data

Você sabia que, embora o Carnaval seja bastante festejado em inúmeras cidades do Brasil, esse tipo de comemoração não surgiu especificamente nos tempos atuais, tampouco ele é comemorado unicamente no Brasil?

Na verdade, o Carnaval existe antes da idade média e já foi visto, principalmente pelos povos europeus, como uma festa de origem pagã que, como a maioria das culturas ao redor do mundo, foi adaptado por diversos povos com o passar do tempo.

Na idade antiga, por exemplo, alguns povos ao festejarem o Carnaval faziam inversão dos papéis sociais. 

Sendo assim, prisioneiros e cidadãos trocavam de papel social com os reis ou com os membros das classes sociais mais elevadas para demonstrar a inferioridade dos soberanos diante dos deuses.

Outra prática interessante é que, na Grécia antiga e no Império Romano, principalmente durante a primavera, já existiam comemorações parecidas com a do Carnaval e também, ainda na antiguidade, os assírios usavam máscaras e faziam eventos na rua para homenagear a deusa Isis, a divindade protetora dos navegantes.

Com o passar do tempo, a mudança de ordem social, da cultura e com a ascensão da moral cristã, o Carnaval adaptou-se às culturas de diversos países e, como todos os festejos e feriados, ele também ganhou novas formas.

Porém, é importante lembrar que, embora o Carnaval tenha mudado, algumas características foram preservadas ou apenas adaptadas, como a troca de identidades, por exemplo.

Se antes, a troca de cargos e de poder social era algo bastante popular no Carnaval antigo, em alguns locais, como em Veneza, essa prática permaneceu até os dias atuais, algo que pode ser visto, inclusive, no poema Beppo, obra escrita pelo escritor inglês Lord Byron. 

No Brasil e em outros países, é comum a troca de gêneros. Dessa forma, homens se vestem de mulher e vice-versa. 

No entanto, é importante lembrar que o Carnaval chegou ao Brasil por meio da Coroa Portuguesa e que de lá para cá houve bastante alterações.

Atualmente, em diversas regiões do Brasil, como no Rio de Janeiro, o Carnaval é animado pelas marchinhas populares e pelo desfile das escolas de Samba, já em Salvador comemora-se com axé, samba, batucadas e com os trios elétricos espalhados pelas ruas.

Em Pernambuco, na cidade de Recife e de Olinda é comum, além do frevo tocado durante os bloquinhos, comemorarem o Carnaval com os famosos Bonecos de Olinda, os bonecos gigantes que também são usados para fazer caricaturas de artistas famosos, de jogadores de futebol ou mesmo de políticos.

Em outros países como nos Estados Unidos, o Carnaval é bem semelhante ao brasileiro, a diferença é que na cidade de Nova Orleans, por exemplo, os foliões comemoram ao som de muito Jazz acompanhado dos desfiles dos carros alegóricos.

Na França, em Nice, lugar onde o Carnaval é comemorado com mais intensidade, os franceses costumam comemorar de uma forma bem peculiar: com carros alegóricos, bailarinos dançando ao redor da cidade e com a famosa festa das flores.

Na Bolívia, o Carnaval tem um tom mais folclórico e diversos foliões saem às ruas vestindo roupas coloridas, dançando e cantando com os seus trajes típicos de cada região.

Na Bélgica, em Binche, o Carnaval é comemorado durante três dias nos quais o personagem principal, o boneco Gilles de Binche, sai à rua para desfilar com suas vestimentas coloridas, máscaras de cera e plumas de avestruz brancas.

Na Nigéria, de 1º de dezembro até 31 de dezembro comemora-se o Carnaval nigeriano. Conhecido mundialmente como a maior festa da rua da África, o Festival começa oficialmente com uma cerimônia de iluminação da árvore, acompanhada de festas de ruas, de desfiles de carros antigos, concursos gastronômicos, desfiles de moda, danças tradicionais, festival de máscaras e, por fim, apresentações musicais.

Aprenda mais sobre o assunto escutando o nosso podcast!


Escrito por: Wesley Aquino, professor de francês na ii em Aracaju-SE

Para contato: Wesleyaquilianyski.ii@gmail.com          

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