Em 29 de outubro de 1810 foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, data em que o Brasil recebeu seu primeiro acervo de livros com a transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o país. Assim nasceu o Dia Nacional do Livro.
Índice
1. O início do livro
Inicialmente, os livros não eram como conhecemos hoje. Os primeiros livros, por volta de 3.000 a.C., foram feitos com papiro, uma espécie de folha feita com tiras cortadas da planta de mesmo nome, criação dos egípcios. Anos depois, os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, feito de pele de animal, pois podia ser costurado e tinha uma maior resistência.
Mas foi somente na Idade Média que o papel chegou, e os pergaminhos foram sucedidos pelos livros escritos à mão, e as duplicações das obras, geralmente de caráter religioso, ficavam por conta dos monges copistas. Considerados como objetos de salvação, o acesso aos livros e ao conhecimento se restringia a homens da igreja ou de famílias nobres.
Foi então que, em 1455, o inventor alemão Johannes Gutenberg revolucionou a história da escrita com a introdução da técnica de prensa móvel. Com isso, foi possível a reprodução de mais cópias e a popularização dos livros. A primeira obra a ser impressa foi a bíblia, tendo 42 linhas divididas em duas colunas por página, totalizando 1.282 páginas.
Já no Brasil, o primeiro livro impresso foi em 1810, do escritor Tomás Antônio Gonzaga, intitulado “Marília de Dirceu”. Porém, com a chegada das prensas no país, os jornais passaram a ser impressos, financiados pelo governo português, contendo somente notícias que os interessavam. Assim, muitos autores brasileiros optaram por imprimir suas obras em países europeus.
2. Nomes mundiais da literatura
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autor, reconhecido internacionalmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1995, é celebrado em 23 de abril, pois é a data em que morreram três renomados escritores, como o escritor e poeta inglês William Shakespeare (Romeo and Juliet), o cronista peruano Inca Garcilaso de la Vega (Comentarios Reales de los Incas), e o escritor espanhol Miguel de Cervantes (Don Quixote).
Há também Dia Internacional do Livro Infantil, celebrado em 02 de abril em homenagem ao dia de nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, conhecido por seus conto de fadas mundialmente famosos como The Little Mermaid, The Princess and the Pea, The Ugly Duckling, entre outras. Já no Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado no dia 18 de abril, dia de nascimento do queridíssimo escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de “Sítio do Picapau Amarelo”.
3. A importância da leitura
Há quem diga que abrir um livro é aventurar-se em um novo mundo; é poder viajar sem sair do lugar. De fato, um livro pode nos levar a outros países, vivenciar outras culturas, e, principalmente, experienciar novas vivências e sentimentos.
Sendo um grande estimulador da criatividade e imaginação, a leitura também é essencial para desenvolver a capacidade de interpretação. Outros benefícios da leitura incluem, mas não se limitam, a: exercício da memória, ampliação de vocabulário, expansão de conhecimento, estímulo do raciocínio, melhoria na comunicação verbal e escrita, desenvolvimento de senso crítico, além de relaxar a mente e auxiliar na saúde mental, reduzindo estresse e ansiedade.
4.Conclusão
Livros não são somente histórias criadas, são também vidas narradas, poesias, e até receitas. O gênero do livro pode variar de acordo com o autor e com o leitor, passando por livros de autoajuda, religiosos, didáticos, infantis, e canções. A história impressa nas páginas pode contar sobre um universo totalmente fictício, ou sobre um romance inventado no país vizinho; pode relatar a história de um artista famoso, ou de um soldado no meio de uma guerra. As opções são infinitas.
A palavra “leitura” vem do latim lectura, que significa escolha. A escolha do que escrever é do autor, que está por trás das páginas; mas a escolha do que ler, de como ler, e de como interpretar é inteiramente de quem está do outro lado da capa. Livros tem o poder de ser muito ou pouco, tudo ou nada, apenas mais um ou um em um milhão, tudo depende do leitor.
Já dizia Mário Quintana (1906-1994): “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são pessoas. Os livros só mudam as pessoas.”
VERSÃO EM INGLÊS
Words That Transform: Celebrating National Book Day
On October 29, 1810, the National Library of Brazil was founded in Rio de Janeiro, marking the date when Brazil received its first collection of books with the transfer of the Portuguese Royal Library to the country. Thus, National Book Day was born.
Index
- The Beginning of the Book
- Global Literary Icons
- The Importance of Reading
- Conclusion
1. The Beginning of the Book
Initially, books were not as we know them today. Around 3,000 B.C., the first books were made from papyrus, a type of sheet crafted from strips of the plant of the same name, created by the Egyptians. Years later, papyrus scrolls were replaced by parchment, made from animal skins, which could be sewn together and was more durable.
It wasn’t until the Middle Ages that paper arrived, and parchment gave way to handwritten books, mostly of religious nature, reproduced by monks who acted as copyists. Considered objects of salvation, access to books and knowledge was restricted to men of the church or noble families.
In 1455, German inventor Johannes Gutenberg revolutionized the history of writing with the introduction of the movable type printing press. This allowed for the reproduction of more copies and the popularization of books. The first printed work was the Bible, with 42 lines divided into two columns per page, totaling 1,282 pages.
In Brazil, the first printed book was in 1810, written by Tomás Antônio Gonzaga and titled *Marília de Dirceu*. However, with the arrival of presses in the country, newspapers began to be printed, funded by the Portuguese government and containing only news that interested them. Thus, many Brazilian authors chose to print their works in European countries.
2. Global Literary Icons
World Book and Copyright Day, internationally recognized by the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) in 1995, is celebrated on April 23, marking the day three renowned writers died: English writer and poet William Shakespeare (*Romeo and Juliet*), Peruvian chronicler Inca Garcilaso de la Vega (*Royal Commentaries of the Incas*), and Spanish writer Miguel de Cervantes (*Don Quixote*).
There’s also International Children’s Book Day, celebrated on April 2 in honor of the birthday of Danish writer Hans Christian Andersen, known for his globally famous fairy tales such as *The Little Mermaid*, *The Princess and the Pea*, *The Ugly Duckling*, among others. In Brazil, National Children’s Book Day is celebrated on April 18, the birthday of beloved Brazilian writer Monteiro Lobato, author of *Sítio do Picapau Amarelo*.
3. The Importance of Reading
Some say that opening a book is like venturing into a new world; it’s a way to travel without leaving the place. Indeed, a book can take us to other countries, experience different cultures, and, above all, offer new experiences and emotions.
A major stimulant of creativity and imagination, reading is also essential for developing interpretive skills. Other benefits of reading include, but are not limited to: memory exercise, vocabulary expansion, knowledge enrichment, reasoning stimulation, improvement in verbal and written communication, development of critical thinking, relaxation of the mind, and mental health support, reducing stress and anxiety.
4. Conclusion
Books aren’t just stories; they are also narrated lives, poems, and even recipes. The genre of a book may vary according to the author and the reader, ranging from self-help, religious, educational, children’s books, to songbooks. The story printed on the pages might tell of an entirely fictional universe or a romance set in a neighboring country; it could relate the life of a famous artist or a soldier amid war. The options are endless.
The word “reading” comes from the Latin *lectura*, meaning choice. The choice of what to write belongs to the author, hidden behind the pages; but the choice of what to read, how to read, and how to interpret is entirely up to the person on the other side of the cover. Books have the power to be a little or a lot, everything or nothing, just another one or one in a million—it all depends on the reader.
As Mario Quintana (1906-1994) once said, “Books don’t change the world, people change the world. Books only change people.”
Escrito por: Gabriella Barrocal, professora da Idioma Independente em Londrina-PR
Para contato: gabriellabarrocal.ii@gmail.com