Planeta dos Macacos: nova trilogia e olhares para o aprendizado de línguas

Planeta dos macacos

O “Planeta dos Macacos” é uma franquia que já surgiu sendo tida como um clássico. O livro do autor francês Pierre Boulle, do original La Planète des Singes, foi primeiro publicado em 1963, e já cinco anos depois recebeu sua primeira adaptação para as telonas Assim, se tornou um clássico moderno, conquistando tanto o público quanto a crítica. Mais do que simples filmes de ação e ficção científica, a obra, que depois foi se derivando em sequências, spin-offs e tie-ins, abordam bastante da natureza humana, questões de domínio e poder e o choque de realidades nesse universo fantasioso onde os macacos são os seres dominantes da Terra.

Com o lançamento recente do mais novo capítulo dessa saga que tem sido revisitada e reconstruída, vamos analisar brevemente os três filmes até então e destacar pontos interessantes que essa narrativa nos proporciona, não só como seres críticos, mas também da perspectiva de estudantes.

Índice

  1. Planeta dos Macacos: A Origem
  2. Planeta dos Macacos: O Confronto
  3. Planeta dos Macacos: A Guerra
  4. Uma nova etapa
  5. Conclusão

1. Planeta dos Macacos: A Origem

O primeiro filme que reviveu a série que estava a dez anos sem um filme, após “Planeta dos Macacos” de 2001, dirigido por Tim Burton, trouxe não só um tom de origem para entender como os macacos se desenvolveram mas também um personagem que se tornaria o protagonista da trilogia, dos seus avanços intelectuais mas também refletiam o avanço da tecnologia de computação gráfica: o macaco César, interpretado por Andy Serkis, famoso por suas atuações em capturas de movimento. Neste capítulo, com o desenvolvimento de uma droga para tratar o Alzheimer, produtos químicos são testados em símios pela proximidade genética e César nasce de uma dessas primatas. Com intelecto avançado e domínio motor, o protagonista se torna líder de outros macacos presos em cativeiros e buscando compreensão, liberdade e autonomia. Um dos momentos mais marcantes desse filme vem quando César, depois de muito ouvir os seres humanos e assimilar sua linguagem, consegue proferir sua primeira palavra, gritando “não” em protesto contra as ordens dadas a ele.

2. Planeta dos Macacos: O Confronto

No segundo capítulo, lançado em 2014, anos se passaram e os macacos que fugiram formam uma pequena sociedade afastada dos homens, ainda lutando por seu espaço e sem transpassar os limites humanos. Há o desenvolvimento de famílias e também papéis sociais dentro dessa comunidade dos primatas. A linguagem é um ponto interessante aqui: apesar dos macacos serem afetados positivamente pela mutação, a linguagem falada não é desenvolvida por todos, devido ao pouco tempo passado, ainda assim, eles se comunicam por linguagem de sinais, utilizando a ASL (American Sign Language, linguagem de sinais estadunidense) e conversam ou explicam situações. Como espectador, o longa-metragem é um convite à aprendizagem a respeito das comunidades surdas ao redor do mundo e valorização desse formato de linguagem, assim como também é uma prática de leitura, já que os sinais são traduzidos nas legendas. Da mesma forma, o olhar para a comunicação entre os macacos se faz interessante, já que apesar da ASL em uso, não necessariamente eles constroem frases completas, mas focando em palavras chave ou mesmo precisando da atenção para o contexto, outro elemento crucial para quando estamos praticando nos comunicar em uma nova língua.

3. Planeta dos Macacos: A Guerra

O último filme dessa trilogia já se passa, novamente, anos depois do filme anterior e mostra um mundo já quase que majoritariamente tomado pelos primatas, não por confrontos, mas por reação ao vírus: o que tornou os macacos inteligentes e rapidamente desenvolvidos, causa doenças e morte aos seres humanos, diminuindo drasticamente o número de homo sapiens no planeta e criando uma resistência e aversão contra os símios. Neste capítulo final, descobrimos que os humanos resistentes ao vírus não morrem, mas em determinado ponto, podem perder a capacidade de falar, tendo que aprender a se comunicar de outras maneiras. E é uma dessas pessoas, uma criança órfã, que César faz amizade e tenta proteger durante o filme. Aqui vemos de maneira mais agressiva o que o preconceito, ignorância podem fazer com grupos minoritários, assim como também, do lado da aprendizagem, nos permite analisar como também é possível gerar uma comunicação mesmo sem palavras, faladas ou gesticuladas, focando no contexto, situações e uso de coisas próximas ou mímicas.

4. Uma nova etapa

Neste mês foi lançado um novo capítulo para a narrativa, mas que é um novo começo para a história. Planeta dos Macacos: O Reinado se passa anos após toda a trilogia de origem e mostra já sociedades e diferentes cenários para os primatas que agora são, definitivamente, a raça dominante do planeta. Em um cenário onde todos os humanos não têm mais a capacidade de fala e a maioria dos primatas já a desenvolveu, veremos nossos novos protagonistas, conflitos e tramas.

5. Conclusão

Apesar de uma franquia antiga, a série continua se reinventando com novos filmes e adaptações ao longo do tempo, se apresentando às diferentes gerações e também conquistando público. Com ricos elementos fantasiosos, pautas possíveis de se trazer ao mundo real e, como vimos aqui, até questões de reflexões de aprendizado, O Planeta dos Macacos é uma ótima pedida para se divertir, refletir e também afiar suas reflexões sobre muitas coisas. Planeta dos Macacos: O Reinado já está em exibição nos cinemas e com aprovação de 80% da crítica pelo Rotten Tomatoes.


VERSÃO EM INGLÊS

Planet of the Apes: New Trilogy and Its Insights into Language Learning

The “Planet of the Apes” franchise has established itself as a classic right from its inception. The book by French author Pierre Boulle, originally titled La Planète des Singes, was first published in 1963 and received its first film adaptation just five years later. It quickly became a modern classic, captivating audiences and critics alike. More than just action-packed science fiction films, the work, which has since spawned sequels, spin-offs, and tie-ins, delves deeply into human nature, issues of dominance and power, and the clash of realities in this fantastical universe where apes are the Earth’s dominant species. With the recent release of the latest chapter in this saga that has been revisited and reconstructed, let’s briefly analyze the three films to date and highlight the interesting points that this narrative provides us with, not only as critical beings but also from the perspective of students.

Index

  1. Rise of the Planet of the Apes
  2. Dawn of the Planet of the Apes
  3. War for the Planet of the Apes
  4. A new phase
  5. Conclusion

1. Rise of the Planet of the Apes

A decade after Tim Burton’s 2001 remake, the “Planet of the Apes” franchise was revived with “Rise of the Dawn,” a film that not only delved into the origins of ape evolution but also introduced a pivotal character who would become the trilogy’s protagonist. This character, Caesar, portrayed by the renowned motion capture actor Andy Serkis, embodied both the intellectual advancements of the apes and the remarkable progress of computer graphics technology. The film’s narrative revolves around the development of a drug intended to treat Alzheimer’s disease. Due to their genetic similarities, chimpanzees are chosen as test subjects for this drug, and Caesar is born from one of these primates. Exhibiting exceptional intellect and motor skills, Caesar emerges as a leader among his fellow captive apes, striving for understanding, freedom, and autonomy. One of the film’s most defining moments occurs when Caesar, after extensive exposure to human language, finally utters his first word, a defiant “no” in protest against the orders imposed upon him. This symbolic act marks a turning point in Caesar’s journey, signaling his growing consciousness and the dawn of a new era for apekind.

2. Dawn of the Planet of the Apes

In the second chapter of the trilogy, “Dawn of the Planet of the Apes,” released in 2014, years have passed since the apes’ escape. They have formed a small society, secluded from humans, still fighting for their place and avoiding crossing human boundaries. This new community of primates witnesses the development of families and social roles. Language plays a fascinating role in this film. Despite the positive impact of the mutation on the apes, not all of them develop spoken language due to the limited time that has passed. However, they communicate through sign language, using ASL (American Sign Language), to converse and explain situations. For viewers, this feature film serves as an invitation to learn about deaf communities around the world and to appreciate this form of language. It also promotes reading skills, as the signs are translated in the subtitles. Observing the communication between the apes is equally intriguing. While they use ASL, they don’t necessarily construct complete sentences, focusing instead on keywords or requiring contextual cues, a crucial aspect when practicing communication in a new language.

3. War for the Planet of the Apes

The final installment of the trilogy, “War for the Planet of the Apes,” set years after the previous film, depicts a world where primates have become the majority, not through conflict, but as a consequence of the virus. The virus, while granting intelligence and accelerated development to the apes, causes illness and death in humans, drastically reducing their population and fueling resistance and animosity towards the simians. This concluding chapter reveals that humans resistant to the virus, while not succumbing to death, may lose their ability to speak at some point, forcing them to find alternative means of communication.exclamation The film follows one such individual, an orphaned child, whom Caesar befriends and attempts to protect. The film powerfully portrays the devastating effects of prejudice and ignorance on minority groups.exclamation It also highlights the potential for communication without spoken or gestural language, emphasizing the role of context, situations, and the use of objects or mime to convey meaning.

4. A new phase

This month marks the release of a new chapter in the “Planet of the Apes” narrative, a fresh start for the story. Set years after the original trilogy, Kingdom of the Planet of the Apes presents a world transformed, with primate societies and diverse settings reflecting their status as the planet’s dominant species. In a scenario where humans have lost their ability to speak and most primates have developed spoken language, we meet new protagonists, conflicts, and storylines.

5. Conclusion

Despite being an old franchise, the series continues to reinvent itself with new movies and adaptations over time, presenting itself to different generations and also winning over audiences. With rich fantastical elements, themes that can be brought into the real world, and, as we’ve seen here, even reflective learning issues, Planet of the Apes is a great choice for fun, reflection, and sharpening your thoughts on many things. Kingdom of the Planet of Apes is already in theaters and has an 80% approval rating from critics on Rotten Tomatoes.


Escrito por: Uilber Souza, Professor de Inglês na Idioma Independente em Salvador, Bahia.

Para contato: uilbersouza.ii@gmail.com

 

 

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