O que NÃO fazer quando começar um curso de idiomas

Dicas valiosas para focar nos estudos de idiomas

2024 chegou e com elas as nossas listas de metas. Alguns querem emagrecer, outros mudar de emprego (como foi o meu caso em 2023!) e outros querem aprender um novo idioma.

Como teacher de inglês eu dei várias aulas ao longo desses últimos meses para alunos bem diferentes um do outro. Nesse tempo venho observando algumas práticas não muito corretas dos alunos que buscam a tão sonhada fluência no idioma — práticas que podem atrapalhar o seu objetivo.

Sendo assim, pensando em ajudar quem vai começar a estudar um idioma em 2024 ou quem vai retomar o curso que nunca terminou, aí vai algumas dicas valiosas minhas — como teacher e como aluna (porque o professor nunca para de estudar!).

Índice

  1. Erro: Não revisar o conteúdo das aulas
  2. Erro: Não perguntar
  3. Erro: Achar que sabe tudo e por isso não estuda ou se esforça
  4. Erro: Não traçar metas de estudo

 

1. Erro: Não revisar o conteúdo das aulas

Esse é o erro mais comum para quem faz curso de idiomas. Não importa se você faz uma aula por semana ou todos os dias, sempre revise o conteúdo da última aula. Existe uma progressão no ensino do idioma, e o que você aprendeu na primeira aula (vocabulário, gramática, expressões, etc.) vai aparecer com muita frequência nas próximas aulas, onde a dificuldade pode ir aumentando. Ao não revisar, você corre o risco de não somente esquecer o que viu na aula, mas também de ficar com muita dificuldade nas aulas seguintes.

2. Erro: Não perguntar

Por incrível que pareça já vi alunos com receio de perguntar, seja uma dúvida do conteúdo da aula ou até mesmo uma dúvida sobre a burocracia da escola. Não fique com medo do seu professor (a). Pergunte porque ele tem a obrigação de responder a sua dúvida.

Se você faz aulas em turmas e tem vergonha de perguntar na frente de todos, pergunte no particular ao seu professor (a), manda uma mensagem no WhatsApp, coisas assim — mas não fique na dúvida. Sem essa dúvida sanada ela pode se tornar uma pedra no seu sapato futuramente.

3. Erro: Achar que sabe tudo e por isso não estuda ou se esforça

O meu primeiro ano de teacher foi uma prova de fogo e logo de cara eu peguei um aluno nessa categoria. Como eu lidei com ele? Bom, a verdade é que apenas aconselhei a repensar a postura diante dos estudos, mas ainda não sei se teve efeito ou não (se um dia eu descobrir eu conto aqui).

Mas a verdade é que você fica preso em algo que em tecnologia da informação é chamado de deadlock. Esse fenômeno em linhas gerais é um bloqueio de vários processos que dependem um dos outros mas que não avançam porque estão bloqueados. Vira uma espécie de efeito dominó. É um problema comum de acontecer na memória de uma máquina (quem nunca do nada perdeu arquivos porque a máquina travou? Pode ter sido por causa de um deadlock).

Pois bem, o aluno que acha que sabe tudo e não estuda e nem se esforça é um aluno deadlock. Ele vai ficar sempre travado no mesmo processo (ou no mesmo nível) sem avançar nos estudos e sem subir de nível na língua

É necessário “destravar” o pensamento de que você sabe tudo só porque fez seis meses de curso — mas na prática mal consegue manter um diálogo simples na língua estudada ou ainda não tem o completo domínio dela. 

Se você soubesse tudo você não estaria procurando um curso de idiomas, estaria? O fato de você buscar um professor é um sinal de que você precisa estudar e fazer esforço.

O que vem a outra parte, a do esforço e do estudo contínuo do item 1. Ainda não é possível aprender uma língua só por osmose. As aulas são aquele período de tempo em que você se esforça ao máximo, mas você precisa continuar esse esforço ao longo de toda a semana, se possível todos os dias nem que seja 10 minutos de estudo. Como dizia um antigo professor que eu tive toda vez que alguém reclamava dos trabalhos que tinha que entregar: “Você quer moleza? Pisa no tomate”.

Estudar é esforço. Aprender um idioma é esforço. Não tenha preguiça, estude.

4. Erro: Não traçar metas de estudo

Isso é um erro comum entre a maioria dos alunos. Querendo ou não somos movidos quando traçamos nossos objetivos no papel, objetivos que devem ser realistas, específicos e mensuráveis. Chamamos essas metas de SMART.

Assim como nós teachers temos nossas metas de professores, é importante que o aluno faça um caminho que deseja percorrer para atingir o seu objetivo. No ensino de idiomas cada aluno tem um objetivo diferente — pense no seu quando começar as suas aulas.

É ficar fluente porque sempre foi um sonho? É por que vai prestar uma prova em uma universidade? É por que precisa tirar uma certificação por exigência do trabalho? Ou por que o seu trabalho está te cobrando o idioma? Ou é por que você viaja muito para outros países? Ou é por que você deseja ler textos acadêmicos da sua área?

Enfim. Os objetivos são diversos e específicos de cada aluno. Se você fizer as suas metas SMART, você vai ter clareza do que você precisa fazer e de quais serão os seus próximos passos. E não esqueça de compartilhar com o seu professor as suas metas de estudo para que ele te ajude e até mesmo te cobre se for necessário para você não perder o seu objetivo de vista.

Evitando cometer esses quatro erros comuns, a sua vida de estudante de idiomas vai ser bem mais fácil e você vai evitar se frustrar ao longo do caminho. 

Aprender um novo idioma já é desafiante por si mesmo, sendo assim não vamos dificultar o que não é para ser dificultado, combinado?

Abraços e até a próxima!


VERSÃO EM INGLÊS

What NOT to do when starting a language course

2024 has arrived, bringing with it our lists of goals. Some want to lose weight, others want to change jobs (as it was my case in 2023!), and others want to learn a new language.

As an English teacher, I have given several classes over the past few months to different students. During this time, I have observed some not-so-correct practices from students aiming for that coveted language fluency—practices that can hinder their goal.

Therefore, thinking of helping those who will start studying a language in 2024 or those who will resume a course that never finished, here are some valuable tips from me—as a teacher and as a student (because a teacher never stops learning!).

Content summary

  1. Mistake: You don’t review your classes
  2. Mistake: You don’t ask questions
  3. Mistake: You think you know everything and that’s why you don’t study or try hard
  4. Mistake: You don’t set study goals

 

1. Mistake: You don’t review your classes

This is the most common mistake for those taking language courses. It doesn’t matter if you have a class once a week or every day: you always need to review the content of the last class. 

There is a progression in language teaching, and what you learned in the first class (vocabulary, grammar, expressions, etc.) will often reappear in the following classes, where the difficulty may increase. 

By not reviewing, you run the risk not only of forgetting what you saw in the class but also you’ll face significant challenges in subsequent classes.

2. You don’t ask questions

Surprisingly, I have seen students reluctant to ask questions, whether it’s a doubt about the coursework or even a question about school bureaucracy. 

Don’t be afraid of your teacher. Ask because they have the obligation to answer your question. If you attend classes in groups and feel shy about asking in front of everyone, ask your teacher privately, send a message on WhatsApp, things like that—but don’t stay in doubt. 

Without that doubt clarified, it can become a stumbling block for you in the future.

3. Mistake: You think you know everything and that’s why you don’t study or try hard

My first year as a teacher was a fire test. Right off the bat, I had a student in this category. How did I deal with him? Well, the truth is, I just advised him to reconsider his approach to studies, but I still don’t know if it had any effect or not (if I ever find out, I’ll share it here).

The truth is, you get stuck in something called a deadlock in TI. In general terms, this phenomenon is a blockage of various processes that depend on each other but don’t progress because they are blocked. It becomes a kind of domino effect. It’s a common problem occuring in a machine’s memory (who hasn’t suddenly lost files because the computer froze? It could have been due to a deadlock).

Well, the student who thinks knowing everything and doesn’t study or make an effort is a deadlock student. They will always be stuck in the same process (or at the same level) without advancing in their studies and progressing in the language.

It’s necessary to “unlock” the mindset that you know everything just because you’ve taken a six-month course—but in practice, can barely hold a simple conversation in the foreign language or still hasn’t complete mastery of it. 

If you knew everything, wouldn’t you be seeking a language course, right? The truth is if you’re looking for a teacher, it is a sign that you need to study and make an effort.

This brings us to the other part, the effort and continuous study from the previous item. It’s still not possible to learn a language solely by osmosis. Classes are that period of time when you exert yourself to the maximum. However you need to continue that effort throughout the entire week, if possible everyday, even if it’s just 10 minutes of study. 

As an old teacher of mine used to say every time someone complained about the assignments he had to submit: “Do you want it easy? Step on a tomato.”

Studying is an effort. Learning a language is effort. Don’t be lazy, study.

4. Mistake: You don’t set study goals

This is a common mistake among most students. Whether we like it or not, we are motivated when we set our goals on paper—goals that should be realistic, specific, and measurable. We call these goals SMART.

Just as we teachers have our teaching goals, it is important for the student to trace a path they want to follow to achieve their goals. 

In language education, each student has a different goal—think about yours when you start your classes. Is it to become fluent because it has always been a dream? Is it because you will take an exam for a university? Is it because you need to obtain a certification required by your job? Or is it because your job demands proficiency in the language? Do you travel frequently to other countries? Or do you want to read academic texts in your field?

In short, goals vary and are specific to each student. If you make your goals SMART, you will have clarity on what you need to do and what are your next steps. And don’t forget to share your study goals with your teacher so that they can assist you and even hold you accountable if that is necessary, so you don’t lose sight of your objective.

By avoiding these four common mistakes, your life as a language student will be much easier, and you will avoid frustration along the way. Learning a new language is challenging itself, so let’s not make it harder than it needs to be, agreed?

See you and until next time!


Escrito por: Juliana Lira – Professora de Inglês na Idioma Independente – Barueri/SP

Para contato: julianaliralopes.ii@gmail.com

Instagram: @julianaa.lira

Sua assinatura não pôde ser validada.
Você fez sua assinatura com sucesso.

Inscreva-se na nossa newsletter

Inscreva-se para receber mais conteúdos como este que acabou de ver. 

Usamos a Brevo como nossa plataforma de marketing. Ao clicar abaixo para enviar este formulário, você reconhece que as informações fornecidas por você serão transferidas para a Brevo para processamento, de acordo com o termos de uso deles
WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn