A Nova Onda de Reboots e Remakes de Hollywood

Nova onda do Reboot

Nos últimos anos, Hollywood tem assistido a uma verdadeira avalanche de remakes e reboots de filmes e séries clássicas. De sucessos icônicos dos anos 80 e 90 a favoritos cult, nenhum título parece estar a salvo dessa tendência. Este fenômeno não é novo, mas ganhou uma força considerável entre 2000 e 2020. A pergunta que se impõe é: o que essa nova onda de remakes e reboots significa para a indústria do entretenimento e para o público? Vamos explorar as várias facetas desse fenômeno cultural.

 

Índice

  1. A Ascensão dos Remakes e Reboots
  2. Nostalgia e Público-Alvo
  3. Inovação ou Reciclagem?
  4. Conclusão



1. A Ascensão dos Remakes e Reboots

Hollywood tem uma longa história de reciclagem de conteúdos, mas a intensidade com que isso tem ocorrido nas duas últimas décadas é notável. Filmes como “Ghostbusters” (1984 e 2016), “It” (1990 e 2017), e “The Lion King” (1994 e 2019) são exemplos marcantes de clássicos que foram revisitados. No mundo das séries, vemos reboots de “Charmed” (1998-2006, 2018-2022) e “Twin Peaks” (1990-1991, 2017).

Os motivos para essa onda são multifacetados. Em parte, ela é movida por uma necessidade de segurança financeira; apostar em uma marca já conhecida reduz o risco de fracasso. Além disso, a nostalgia exerce um papel crucial. Títulos antigos evocam memórias afetivas no público, garantindo um público inicial interessado.



2. Nostalgia e Público-Alvo

A nostalgia é um elemento poderoso na cultura contemporânea. A geração que cresceu nos anos 80 e 90 agora está na faixa etária dos 30 aos 50 anos, uma demografia com poder aquisitivo considerável e uma sede por reviver os bons tempos. Hollywood aproveita esse sentimento ao trazer de volta personagens e histórias familiares, frequentemente com um toque moderno para atrair tanto os fãs originais quanto uma nova audiência.

É necessário também entender o que cada um desses termos implica em uma produção audiovisual, o mais comum visto na indústria tem sido reboots, “o recomeço do uso de uma propriedade intelectual com uma nova abordagem visual mas continuando a história previamente abordada”, enquanto remakes seriam “refazer a mesma história contada previamente mas com aspectos novos e adaptados a uma nova abordagem” e existe o termo menos comum, remaster, que era identificado popularmente a algum tempo atrás como “Blu-Ray” ou seja “O melhoramento audiovisual de um produto para que possa ser consumido em melhor qualidade”.

Pode-se ver tal nos exemplos do remake de “Jumanji” que trouxe de volta um clássico dos anos 90, adaptando-o para um contexto atual com novas tecnologias e sensibilidades. Ou o reboot em “Star Wars: The Force Awakens” (2015) um grande exemplo de como a nostalgia pode ser um componente central da estratégia de marketing, combinando personagens clássicos com novos protagonistas.

 

3. Inovação ou Reciclagem? 

Uma crítica comum aos remakes e reboots é a falta de inovação. Muitos argumentam que Hollywood está ficando sem ideias originais e, em vez de criar novas histórias, está optando por reformular as antigas. Isso é evidente em produções que são praticamente cópias dos originais, apenas com melhores efeitos especiais e um elenco atualizado.

Por outro lado, alguns remakes e reboots tentam oferecer novas perspectivas. “Battlestar Galactica” (2004-2009) é frequentemente citado como um exemplo de reboot que superou o original em complexidade e profundidade temática. “Westworld” (2016-2023) também trouxe uma abordagem fresca a um conceito antigo, explorando questões filosóficas e éticas de maneira inovadora.

Os remakes e reboots têm impactos profundos na indústria cinematográfica e televisiva. Economicamente, eles podem ser altamente lucrativos, mas essa estratégia também pode levar a um mercado saturado de conteúdos repetitivos. Em termos de criatividade, há um debate contínuo sobre se essa tendência está inibindo a inovação.

Alguns cineastas e criadores defendem que os remakes e reboots permitem a introdução de temas contemporâneos e a correção de falhas dos originais. No entanto, outros argumentam que isso desincentiva a criação de novas histórias e ideias originais, já que os estúdios preferem investir em algo que já tenha um público estabelecido.

 

4. Conclusão

A nova onda de remakes e reboots em Hollywood entre 2000 e 2020 é um reflexo de várias forças em jogo: a busca por segurança financeira, o poder da nostalgia, e um mercado em constante evolução. Embora essa tendência tenha gerado críticas sobre a falta de originalidade, ela também trouxe novas perspectivas e adaptações que, em alguns casos, enriqueceram as histórias originais.

A verdadeira questão talvez não seja se os remakes e reboots são bons ou ruins, mas sim como eles são realizados. Quando feitos com cuidado e criatividade, eles podem oferecer tanto um tributo quanto uma renovação, conectando diferentes gerações e expandindo universos ficcionais de maneiras inovadoras.


Now in English

In recent years, Hollywood has witnessed a genuine avalanche of remakes and reboots of classic films and series. From iconic hits of the 80s and 90s to cult favorites, no title seems safe from this trend. This phenomenon is not new but gained considerable strength between 2000 and 2020. The question that arises is: what does this new wave of remakes and reboots mean for the entertainment industry and the audience? Let’s explore the various facets of this cultural phenomenon.

 

Index

  1. The Rise of Remakes and Reboots
  2. Nostalgia and Target Audience
  3. Innovation or Recycling?
  4. Conclusion

 

1. The Rise of Remakes and Reboots

Hollywood has a long history of recycling content, but the intensity with which this has occurred over the past two decades is notable. Movies like “Ghostbusters” (1984 and 2016), “It” (1990 and 2017), and “The Lion King” (1994 and 2019) are striking examples of classics that have been revisited. In the world of series, we see reboots of “Charmed” (1998-2006, 2018-2022) and “Twin Peaks” (1990-1991, 2017).

The reasons for this wave are multifaceted. In part, it is driven by a need for financial security; betting on a known brand reduces the risk of failure. Additionally, nostalgia plays a crucial role. Old titles evoke fond memories in the audience, ensuring an initially interested public.

 

2. Nostalgia and Target Audience

Nostalgia is a powerful element in contemporary culture. The generation that grew up in the 80s and 90s is now in the 30 to 50 age range, a demographic with considerable purchasing power and a desire to relive the good old days. Hollywood taps into this sentiment by bringing back familiar characters and stories, often with a modern twist to attract both original fans and a new audience.

It is also essential to understand what each of these terms implies in audiovisual production. The most common in the industry has been reboots, “restarting of the use of intellectual property with a new visual approach but continuing the previously addressed story,” while remakes would be “redoing the same story previously told but with new aspects and adapted to a new approach.” There is also the less common term, remaster, which was popularly identified some time ago as “Blu-Ray,” meaning “the audiovisual improvement of a product so that it can be consumed in better quality.”

Examples include the remake of “Jumanji,” which brought back a 90s classic, adapting it to a contemporary context with new technologies and sensibilities. Or the reboot in “Star Wars: The Force Awakens” (2015), a great example of how nostalgia can be a central component of the marketing strategy, combining classic characters with new protagonists.



3. Innovation or Recycling?

A common criticism of remakes and reboots is the lack of innovation. Many argue that Hollywood is running out of original ideas and, instead of creating new stories, is opting to reformulate the old ones. This is evident in productions that are practically copies of the originals, only with better special effects and an updated cast.

On the other hand, some remakes and reboots try to offer new perspectives. “Battlestar Galactica” (2004-2009) is often cited as an example of a reboot that surpassed the original in complexity and thematic depth. “Westworld” (2016-2023) also brought a fresh approach to an old concept, exploring philosophical and ethical issues innovatively.

Remakes and reboots have profound impacts on the film and television industry. Economically, they can be highly profitable, but this strategy can also lead to a market saturated with repetitive content. In terms of creativity, there is a continuous debate about whether this trend is inhibiting innovation.

Some filmmakers and creators argue that remakes and reboots allow the introduction of contemporary themes and the correction of flaws in the originals. However, others argue that this discourages the creation of new stories and original ideas, as studios prefer to invest in something that already has an established audience.



4. Conclusion

The new wave of remakes and reboots in Hollywood between 2000 and 2020 reflects several forces at play: the search for financial security, the power of nostalgia, and an ever-evolving market. While this trend has generated criticism about the lack of originality, it has also brought new perspectives and adaptations that, in some cases, enriched the original stories.

The real question might not be whether remakes and reboots are good or bad, but rather how they are executed. When done with care and creativity, they can offer both a tribute and a renewal, connecting different generations and expanding fictional universes in innovative ways.


Escrito por: Matheus B. Azevedo, professor de Inglês na Idioma Independente, Curitibano de natureza e Sociólogo de coração.

Para contato: matheusbazevedo.ii@gmail.com

Instagram: @academiquo_ajuda

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